quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Lugar de criança é aonde mesmo?

Fico pensando se somos de uma geração que tem calado, acomodado com o que vê. Ouço tantas vezes: "reclamar pra que? não adianta nada mesmo!"

E assim vamos  nos conformando que a vida é como é, que o mundo caminha de mal a pior mesmo e que não tem jeito, que é cada um por si...

Mas acho que não devemos agir assim.
Há alguns dias eu tenho visto uma garota na Av. Rosa e Silva explorando crianças. Ela tem no máximo 25 anos.
Ela fica sentada na calçada, à sombra, enquanto 3 crianças que tem entre 4 (!) e 8 anos seguram caixinhas e abordam os motoristas pedindo dinheiro.
A primeira vez fiquei indigada com a folga da exploradora. Os garotinhos são tão lindos!

Baixei o vidro e perguntei a ela se não tinha vergonha do que estava fazendo? Que devia arrumar um emprego.
E não me digam que não tem oportunidade porque conheço inúmeras pessoas que estão precisando de diaristas e não acham. E a diária está no mínimo R$ 50,00.

Hoje vi pela terceira vez a exploradora lá. Liguei pra polícia mesmo não sabendo se era o melhor canal, mas aceitaram minha denúncia e me de deram o telefone da GPCA ( específica para crianças e adolescentes) pra eu fazer minha denúncia também.

Pode ser que a polícia não vá ou vá e a mulher simplesmente mude de local, mas se em cada local que ela fosse, alguém a denunciasse ela não teria local para este tipo de exploração. Por isso acredito que vale a pena a denúncia.
Se assistimos calados somos cúmplices, omissos. Me pergunto: Essas crianças poderão contar com quem? O futuro delas será qual? daqui a 10 anos continuarão nas ruas fumando craque, cheirando cola, roubando a mim e a você? Infelizmente é uma possibilidade bem real.

Eu me pergunto também o que mais fazer porque eu não quero me conformar, e não quero achar que aquelas crianças não são problema meu. Só ainda não sei muito o que fazer além de denunciar a exploradora.
Não vamos dar dinheiro e estimular pessoas como esta mulher que vivem às custas de crianças. Isto pode aliviar nossa consciência, o que é um engano, mas não muda a realidade de ninguém.





Abraços,

Fabiana


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